Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Camelôs aceitam barracão da Fepasa, mas com exigências

Rogério Mative

Em 28/04/2011 às 17:32

(Foto: Arquivo)

Apontado como solução para abrigar os boxistas do Shopping Popular, durante audiência realizada nesta quinta-feira (28), o barracão anexado ao prédio da antiga Estação Ferroviária de Presidente Prudente é visto com bons olhos pela Associação dos Boxistas do Camelódromo, caso os trabalhadores informais tenham que deixar a Praça da Bandeira como exige o Ministério Público Estadual.

Porém, a presidente da associação, Edilaine Matos Alves de Almeida, diz que a maioria dos boxistas não é contra a mudança, desde que o novo local comporte todos e ofereça infraestrutura. "Desde que tenha infraestrutura para trabalhar, que comporte todos os boxistas, praça de alimentação e banheiros, não vemos problemas em mudar para o barracão", afirma.

"Mas o problema é que lá não comporta todo mundo. São mais de 270 boxes. Só se fizerem alguma mudança no prédio. Precisamos ver o projeto. Se puder colocar todo mundo não terá problema", adianta Edilaine.

A representante dos boxistas revela que os trabalhadores já pensaram em outros possíveis locais, fato inimaginável há alguns anos atrás. Edilaine apenas não concorda em retirar os boxistas de forma imediata, caso o MPE entre com possível ação judicial.

"Já conversamos sobre outros pontos, mas é meio complicado falar em outro local. Acredito que tem outros locais que podem receber o Camelódromo, só não sei apontar algum. Agora não tem como a gente sair daqui imediatamente. É o nosso ganha-pão, renda de muitas famílias. Entendo a postura do promotor, mas a cidade não tem indústria, isso mexe com a parte social", diz.

"Em último caso até entenderei a medida [retirada via ação judicial], mas confio no bom senso das autoridades. É gigantesco esse camelódromo", reforça Edilaine.

Perguntada sobre a expansão do comércio na praça, a presidente da entidade afirma que a maioria está legalizada. "É complicado. Outros comércios foram aparecendo, mas foram abertas outras concessões. Aqui é quase tudo legalizado. O acordo com o MPE tem sido cumprido. Estamos mantendo o espaço determinado e não houve mais invasão", afirma.
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