Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Pedras portuguesas emperram reforma de praça em PP

ROGÉRIO MATIVE

Em 30/05/2012 às 18:23

Segundo Alcântara, pedras portuguesas foram trocadas em 94 e não têm valor histórico

(Foto: Arquivo/Rogério Mative)

O início da reforma da Praça Nove de Julho, localizada na área central de Presidente Prudente, deverá sofrer atraso. E o motivo são as pedras portuguesas. Segundo o secretário municipal de Planejamento, Laércio Alcântara, duas determinações do Ministério Público estão "travando" os trabalhos no local. Uma audiência será marcada.

Anunciada ainda no ano passado, a reforma consiste na troca do piso, melhorias na iluminação e arborização, troca de bancos, dispositivos de acessibilidade, reforma dos banheiros, novo calçamento em volta da praça e revitalização da fonte.

A obra atenderia a determinação do MP, através do promotor da Infância e Juventude e da Pessoa com Deficiência, Luiz Antônio Miguel Ferreira, que pede dispositivos de acessibilidade para pessoas com necessidades especiais, principalmente deficientes físicos e visuais.

Porém, uma segunda determinação, da Promotoria de Justiça do Meio Ambiente, Urbanismo e do Consumidor, diz que as pedras portuguesas do calçamento da praça não podem ser retiradas devido à preservação histórica do local. "Está tudo certo para a reforma, com a escolha da empresa e tudo. Da nossa parte está tudo pronto. Só estamos aguardando o MP marcar uma audiência com as promotorias para resolver essa questão", fala Alcântara.

"Nós estamos deixando de cumprir uma medida judicial porque não tem como fazer acessibilidade com piso tátil na praça. As pedras portuguesas inviabilizam a obra", explica o secretário.

Para ele, as pedras não têm valor histórico e poderiam ser retiradas para a modernização do local. "A Procuradoria do Meio Ambiente diz que elas têm que ser preservadas. Nós entendemos que elas não têm valor histórico até porque a praça já foi reformada em 1994 e as pedras foram trocadas", justifica.

A reportagem tentou contato com o promotor de Justiça Daniel Magalhães Albuquerque Silva, responsável pela Promotoria de Justiça do Meio Ambiente, Urbanismo e do Consumidor, porém, foi informada que ele não concede entrevistas.

Segundo a Promotoria, a audiência ainda não tem uma data definida.

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