Empresa solicita reunião para discutir pendências com sindicato
Da Redação
Em 25/06/2014 às 13:36
Como já ocorreu no início da semana, nesta quarta, os ex-trabalhadores estão entregando a documentação necessária para ação na Justiça do Trabalho
(Foto: Sérgio Borges/NoFoco)
Cerca de 250 ex-trabalhadores da Usina Floralco estão reunidos nesta quarta-feira (25), na Câmara Municipal de Flórida Paulista, com dirigentes do Sindetanol, sindicato que representa a categoria, para entrega de documentos visando ação judicial. O objetivo é receber salários e direitos trabalhistas.
Como já ocorreu no início da semana, nesta quarta, os ex-trabalhadores estão entregando a documentação necessária para ação na Justiça do Trabalho contra a empresa, que os demitiu e não pagou os direitos trabalhistas, segundo o presidente do Sindetanol, Milton Ribeiro Sobral.
Com o aviso prévio assinado pelos ex-trabalhadores desde o dia 9 de julho, a empresa deveria pagar os valores sem multa até a última sexta-feira (20), mas propôs parcelar a dívida. "A usina quer parcelar em três vezes o valor da rescisão, com os pagamentos previstos somente para os meses de agosto, setembro e outubro. Quanto aos salários em atraso, a previsão da empresa é de que sejam pagos na segunda quinzena do mês de julho. Em assembleia os trabalhadores não aceitaram estas propostas", explica.
“Nosso propósito é atender os trabalhadores e amenizarmos os problemas que já enfrentam. Acreditamos que o caminho jurídico tomado é o correto e já dará agilidade no recebimento de alguns direitos, porém, já os alertamos de que para determinadas questões legais não é possível prometer um prazo para a solução”, diz Sobral.
Acordo?
Conforme o Sindetanol, a empresa solicitou uma nova reunião para quinta-feira (26), às 9h, para discutir novamente as pendências trabalhistas. A expectativa da categoria é que seja feita uma nova proposta.
Em recuperação
Em abril de 2013, durante assembleia de credores, foi aprovada a venda da Floralco para a holding GAM Participações e Empreendimentos S/A, sediada em São Paulo, e que atua nos setores de cana, soja e pecuária em diversos Estados brasileiros.
Na ocasião, a holding assumiu os compromissos financeiros de pagar R$ 150 milhões em oito anos, além de uma dívida trabalhista de R$ 20 milhões e um passivo junto aos fornecedores e parceiros agrícolas no valor de R$ 16 milhões.
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