Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Prudenco tem contas rejeitadas por prejuízo de R$ 3 mi

ROGÉRIO MATIVE

Em 21/10/2014 às 18:03

O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) negou recurso e manteve a rejeição das contas da Companhia Prudentina de Desenvolvimento (Prudenco) relativas ao exercício de 2008. A maior irregularidade apontada no ácordão foi um prejuízo de R$ 3.559.169,50, equivalente a 8,71% da receita operacional líquida da empresa, naquele ano.

Ainda conforme o TCE-SP, no balanço de agosto de 2008, os resultados negativos culminaram em dívida acumulada de R$ 40.026.503,32. Entre as falhas apontadas pela auditoria estão índices de liquidez e endividamento com alto grau de insolvência; erros em editais de licitação na modalidade convite e também em tomada de preços; impropriedades na execução de diversos contratos; e expressivo aumento de funções comissionadas.

Em defesa, a Prudenco argumentou que a "frágil situação financeira da entidade não pode ser atribuída aos gestores atuais [ na época, Lourenço Casari Neto era presidente]" e que esforços "estão sendo feitos para diminuir as despesas administrativas e maximizar a utilização de pessoal e equipamentos".

Porém, o auditor Antonio Carlos dos Santos alega que a defesa apresentada não têm força suficiente para superar o "leque de impropriedades suscitadas". "Os sucessivos resultados negativos que a sociedade vem experimentando ao longo de anos conduziu-a a um endividamento de tal nível exacerbado que constitui a fonte das maiores disfunções pelas quais passa sua gestão", diz.

"É cediço que não pode ser imputado unicamente aos gestores da entidade no exercício em apreço o quadro de fragilidade em seus aspectos operacionais e financeiros que a sociedade acumulou por longo período", fala o auditor.

Santos cobra medidas efetivas para que a Prudenco enfrente o prejuízo acumulado e gere lucros. "Medidas corriqueiras de alongamento da dívida e contenção de despesas administrativas não terão o poder de reconduzir a companhia ao patamar de solvência confortável. Urge tomar providências efetivas de recomposição de sua margem de lucratividade para enfrentamento do vultoso passivo gerado ao longo de anos", conclui.
 

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