Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

"Modelo radial de ônibus está esgotado", diz urbanista

Audiência apresenta plano para reestruturação do transporte em Prudente

ROGÉRIO MATIVE

Em 18/12/2014 às 17:48

Para ver a demanda do transporte por setores da cidade, clique na imagem

(Foto: Reprodução)

Nesta quinta-feira (18), foi encerrada a apresentação do Plano de Mobilidade Urbana com o debate sobre a reestruturação do transporte coletivo de Presidente Prudente. No segundo dia de audiência na Câmara Municipal, o urbanista e arquiteto Edson Marchioro - responsável pelo estudo - defendeu o fim do sistema radial, redução de linhas e frota para melhor "adequação" do serviço.

Atualmente, as duas empresas que operam o transporte coletivo registram demanda de 1,4 milhão de passageiros por mês. Com a implantação de um tronco com alimentador e linhas que circulam em anéis periféricos, o especialista diz que a capacidade pode ser aumentada para 4,3 milhões de usuários por mês.

"O modelo radial [bairro ao centro] está esgotado. Tem que construir um novo modelo. Cerca de 80% dos prudentinos vão ao centro sem necessidade. Apenas o restante [na verdade, 25,89%] quer realmente ir ao centro. As pessoas vão até ao centro porque são obrigadas e não tem outra alternativa", explica.

Para melhorar o transporte, Marchioro defende a redução de frota, criação de corredor exclusivo na Avenida Manoel Goulart, reestruturação da rede de linhas, além da adequação e padronização dos veículos. "Teremos linhas coletoras com carros de piso baixo, distritais, interbairros, diametrais e alimentadoras", fala.

"A ideia é reduzir quilometragem, mas aumentar o serviço. Hoje, existem linhas sobrepostas, passando onde não tem necessidade. Os pontos precisam estar no máximo a 300 metros do usuário. Não dá para ter um em cada esquina. Demora mais, polui mais e a manutenção é mais cara", pontua o urbanista.

Ainda segundo ele, o estudo prevê o monitoramento da frota através de sistema GPS e a integração modal com o Aeroporto Adhemar de Barros, pontos de táxis e ciclovias, que ainda serão criadas. "Não é do dia para noite. Tudo isso necessita de tempo e recurso. Não sou eu que dou o prazo. São 13 etapas, que necessitam de vários processos para implantação", finaliza.

Relatório

O projeto com mapas, linhas, mudanças sugestionadas pode ser conferido clicando aqui.

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