Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Filme mostra face oculta do aventureiro Jacques Cousteau

Da Redação

Em 04/09/2018 às 10:44

Sinônimo de aventura submarina, Jacques-Yves Cousteau foi o grande difusor do conhecimento sobre os mares

(Foto: Reprodução)

Conhecido por suas expedições pelos mares, o famoso oceanógrafo Jacques-Yves Cousteau tem sua vida retratada no longa-metragem A Odisseia, exibido no Sesc Thermas de Presidente Prudente, nesta terça-feira (4), pelo Cine Bosque. A sessão tem início às 19h30, com entrada gratuita.

Além da conhecida imagem do aventureiro de roupas azuis, cabelos brancos e boina vermelha, o filme, que dá início à mostra A Natureza Humana, expõe uma face oculta do francês e passa por diversas etapas de sua vida, como as relações conturbadas com a família e a mudança de postura ética do seu trabalho.

Sinônimo de aventura submarina, Jacques-Yves Cousteau foi o grande difusor do conhecimento sobre os mares. Nascido em 1910, ele foi piloto de avião, oficial naval e cientista, além de ter sido coinventor do aqualung, o conjunto de máscara e tanque de oxigênio que pela primeira vez permitiu mergulhos prolongados.

Ao longo dos 123 minutos da trama, o público assiste aos conflitos de Cousteau com sua mulher, Simone (Audrey Tautou) – que, abalada pelas traições do marido, se refugia no álcool – e, em especial, com um dos filhos, Philippe (Pierre Niney) – o qual se opõe ao fato de o pai privilegiar a projeção pública em detrimento de uma atitude mais responsável com a natureza.

As divergências entre Cousteau e Philippe fazem o pai tomar consciência dos seus atos e criar uma sociedade sem fins lucrativos com o objetivo de ajudar a proteger o planeta. Já com o outro filho, Jean-Michel (Benjamin Lavernhe), a relação é bem menos próxima.

O filme passa por todos os momentos significantes na carreira de Cousteau, um homem que transformou sua diversão num grande império de influência, e tenta reconstituir uma nova imagem do oceanógrafo, desenhada por meio do que já se viu sobre ele, daquilo que uma rápida pesquisa no Google revelaria.

Nascido no dia 11 de junho de 1910, em Gironda, na França, Cousteau incialmente se interessou pela aviação naval. Foi aluno do prestigiado College Stanislas e da Escola Naval, onde se graduou oficial de artilharia. Porém, um acidente automobilístico colocou fim à carreira na aviação naval e, desta maneira, ele começou a se interessar pelo mar.

Falecido em 1997, o francês realizou mais de 70 filmes sobre as fascinantes descobertas marítimas. Um deles, “O Mundo Silencioso”, documentário de 1956, em parceria com Louis Malle, foi Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes e do Oscar de “Melhor Documentário”.

Entre o instinto e as convenções sociais, entre a razão e as paixões, o ser humano vive em constante embate com a própria essência, o seu semelhante e o meio ambiente, como mostram os filmes da mostra A Natureza Humana. Até o fim de setembro, o especial exibe os longas-metragens Deserto (dia 11), Safári (18) e Gauguin – Viagem ao Taiti (25).

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