Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

A pedido da Prefeitura, água e luz serão cortadas no Camelódromo

Rogério Mative

Em 03/01/2020 às 10:57

Em sua maioria, camelôs já retiraram as mercadorias dos boxes

(Foto: Rogério Mative)

Como forma de desestimular a permanência de possíveis boxistas e 'evitar possível transtorno' durante o despejo para a interdição do Camelódromo, o fornecimento de água e energia elétrica será interrompido a partir das 15h deste sábado (4). A medida decretada pela juíza de plantão, Flávia Alves Medeiros, atende a um pedido da Prefeitura de Presidente Prudente.

Em pedido de liminar assinado pelo procurador do município, Pedro Anderson da Silva, a Prefeitura alega que parte dos comerciantes se recusam a deixar o local, apesar da interdição decretada. "Está clara a intenção dos proprietários dos boxes de não deixar o local e causar transtorno no ato da desocupação da Praça da Bandeira", pontua.

"Assim, por motivo de segurança e para que a interdição se dê pacificamente, requer-se seja deferida medida de antecipação de tutela para que seja autorizado o desligamento da energia e do fornecimento de água no próximo dia 04, sábado, após às 15h em todo o espaço que compreende o Camelódromo Municipal", aponta o procurador.

Por último, Pedro Anderson solicita que um dos membros do Ministério Público Estadual (MPE-SP) seja convidado para acompanhar os trabalhos de interdição na segunda-feira (6), data de início das obras no local. "Porquanto o promotor que acompanha o processo estará em viagem".

Pedido atendido

Para a juíza de plantão, a liminar deve ser deferida. "Pois presentes os seus requisitos cautelares, ou seja, percebe-se o manifesto propósito protelatório dos comerciantes em cumprir a decisão judicial, pois, ao que parece, recusam-se a deixar o local", diz, em sua decisão.

"A medida pretendida visa evitar conflito maior na desocupação do referido espaço, com o uso da força policial, bem como evitar o ocorrência de dano às pessoas e ao bens dos próprios lojistas, visto que a ação perante a Fazenda Pública se deu por conta de notícia de princípio de incêndio no local", fala.

Para ela, a medida visa "apenas auxiliar o município" no cumprimento da decisão proferida pela Vara da Fazenda Pública. As concessionárias Energisa e Sabesp já foram comunicadas da decisão.

Sem destino, mas decididos

Na tarde de quinta-feira (2), a reportagem esteve no Camelódromo e acompanhou a movimentação no local. Em sua maioria, os boxes já estavam fechados, enquanto que alguns camelôs realizavam a retirada das mercadorias e outros poucos aproveitavam para tentar vender algum iten antes do fechamento em definitivo.

Nos corredores, os comerciantes que marcavam presença comentavam entre si quais os melhores locais para permanecer durante a reforma, que deve durar até oito meses. Para muitos, havia ainda a incerteza sobre a melhor opção a ser escolhida: estacionamentos da Rodoviária, do Estádio Caetano Peretti ou da Vila Romana, além do Terminal Urbano e espaço sob o Viaduto Tannel Abudd.

Segundo a Prefeitura, mais de 200 boxistas, dos 274, já aderiram à desocupação voluntária. Cabe lembrar que a Promotoria de Justiça apontou que 100 boxes pertenciam a apenas três comerciantes, ou seja, estão irregulares.

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