Rogério Mative
Em 11/05/2019 às 15:56
De acordo com o Comed, as escolas enfrentam a falta de alguns itens como feijão, macarrão, achocolatado, peixe, carne, entre outros
(Foto: Arquivo/Marcos Sanches/Secom)
Ausência de feijão, macarrão, bolacha, carne, itens de higiene e material pedagógico, entre outros. Esta é a constatação do Conselho Municipal de Educação (Comed) em escolas municipais de Presidente Prudente. Um ofício com o registro da ata foi protocolado na Câmara Municipal, que deve ser lido e debatido na sessão ordinária de segunda-feira (13).
A ata assinada pela presidente do Comed, Karina Sacardo de Souza, é de 26 de março deste ano. No documento, o conselho - que é deliberativo - aponta falhas na merenda escolar distribuída na rede municipal de ensino. O ofício com o documento foi protocolado no Legislativo nesta semana.
De acordo com o Comed, as escolas enfrentam a falta de alguns itens como feijão, macarrão, achocolatado, peixe, carne, frutas, temperos, margarina, bolachas, fubá e até açúcar. "Alguns conselheiros relataram que há escola 'queimando açúcar' para dar cor ao leite e as que estão com pouco açúcar estão colocando gelatina de vários sabores", relata.
"Também há queixa de que chega o alimento, porém, em pouquíssima quantidade, não sendo suficientes sequer para duas turmas", aponta o documento. Existe ainda reclamação sobre a falta de itens de higiene e material pedagógico.
CAE não encontrou problemas
Ainda conforme a ata, existe um conselho específico em relação à merenda: Conselho de Alimentação Escolar (CAE), que alega ter visitado duas unidades e não constatado falhas na merenda. Convidada a participar de uma reunião do Comed, a presidente do CAE não compareceu devido a "outros compromissos".
Diante do impasse, o Comed decidiu enviar o ofício à Câmara Municipal e CAE para "resolução dos problemas apontados".
A realidade era outra
Em vídeo produzido pela Prefeitura, no mês de março, o vice-prefeito Douglas Kato (PTB) e a secretária municipal de Educação, Sônia Pelegrini, apresentavam a estrutura da merenda escolar, com direito a participação de estudantes durante a refeição reforçando o serviço prestado pelo município.
De acordo com a Seduc, são 63,5 mil refeições servidas por dia em 65 escolas municipais, sendo 30 unidades de ensino fundamental. Ao todo, o custo é de R$ 10 milhões.
Na ocasião, a Prefeitura respondia a reclamações de pais e alunos sobre problemas nas refeições de escolas estaduais, que foram terceirizadas pelo Estado. Apesar de não ser mais responsabilidade do Poder Municipal, no vídeo, Kato afirmou que "é do nosso município, é nosso problema também".
Nega problemas
À imprensa, Sônia Pelegrini revelou que houve "problemas pontuais" na primeira semana de aula. "Nós tivemos um problema pontual com o feijão. Nós tivemos problema de fornecimento que foi resolvido imediatamente. A carne vermelha, de forma alguma. Tivemos problema pontual na primeira semana com achocolatado. Não há falta de nenhum produto nas escolas", garante.
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