Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Corte de árvores de praça é visto como drástico e pior opção

Rogério Mative

Em 08/05/2019 às 19:06

Bugalho anunciou o corte de 12 árvores da espécie Oiti da Praça Monsenhor Sarrion para combater a infestação de pombos

(Foto: Cedida/AI/Maycon Morano)

A medida tomada pelo prefeito Nelson Bugalho (PTB) - promotor de Justiça de Meio Ambiente licenciado - em erradicar 12 árvores da espécie Oiti da Praça Monsenhor Sarrion, área central de Presidente Prudente, é classificada como drástica para o microclima local.

O assunto ganhou repercussão nas redes sociais, com críticas pela forma encontrada em combater a infestação de pombos.

"Temos varias opções para enfrentar o problema dos pombos. Há alguns anos, consultei especialistas e a opção menos agressiva seria o sonar no período vespertino quando eles chegam. A pior opção será cortar árvores, algo antiambiental, além das desfigurações da nossa praça", opina o vereador Enio Perrone (PSD).

Perrone é autor do Programa Prudente Mais Verde, que tinha como meta rearborizar a cidade em todos os bairros. Contudo, segue engavetado pela Prefeitura, que abandonou o projeto. "Encaminhei ao presidente Demerson [Dias, PSB] o estudo que fiz. Trouxemos experimentalmente o sonar e não sei o motivo de não continuar. Afetava também os ouvidos dos humanos?", questiona.

"Fui buscar em universidade e sei que é complexa e difícil a solução. Porém, a pior, volto a repetir, será a retirada das árvores. Mas, parece que já decidiram pela retirada", frisa.

Nesta quinta-feira (9), Perrone deve participar, ao lado dos demais vereadores, da audiência pública que debaterá a infestação de pombos e possíveis soluções. O encontro será às 10h, na Câmara Municipal, com participação aberta à população.

Ilha de calor pode aumentar

O Portal ouviu uma especialista ambiental sobre os possíveis efeitos causados com a retirada das árvores.

Para ela, o equilíbrio ecológico será quebrado. "Sou contrária ao corte de árvores. Até porque, vamos pensar no princípio fundamental da função ecológica dessas árvores neste local. É o centro da cidade onde existe uma ilha de calor muito grande, um fluxo de pessoas grande. Essas árvores trazem para o local um equilíbrio ecológico. Elas fazem parte da praça", opina a especialista, que pediu para manter o anonimato.

"Para o microclima local será extremamente drástico devido ao pouco número de árvores naquela região. O impacto vai ser muito grande", finaliza.

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