Doria estica quarentena até dia 22: 'prefeitos, vocês devem obedecer'

Embasado em parecer de sua equipe técnica - formada por médicos e especialistas -, o governador João Doria decidiu esticar a quarentena imposta devido o novo coronavírus até o dia 22 deste mês. De forma dura, deixou claro que todos os prefeitos devem obedecer e que a Polícia Militar vai agir em casos de aglomerações de pessoas nas ruas.

"A prorrogação da quarentena será feita por mais 15 dias, de 8 a 22 de abril, em todo o Estado pelo conjunto de razões expostas por especialistas. Se houver desrespeito, nós complementaremos com outras medidas gradualmente, se necessário for", disse, durante entrevista coletiva no início da tarde desta segunda-feira (6).

Desta forma, o comércio segue de portas fechadas, com funcionamento apenas de serviços considerados essenciais como, por exemplo, bancos, mercados, hospitais, entre outros.

Sem flexibilizar as regras, Doria deixou claro que a recomendação deve ser seguida à risca por todos os municípios. "Prefeitos e prefeitas, vocês terão o dever e a obrigação de seguirem nas suas cidades a orientação do Governo do Estado. É constitucional, não é uma deliberação que pode ou não ser seguida. Ela deve ser seguida por todos os municípios do Estado. E deve também exercer o poder de polícia em casos de aglomeração", pontuou.

Polícia vai agir

De acordo com ele, a Polícia Militar está autorizada em agir nos casos de aglomerações de pessoas. A medida será publicação na edição do Diário Oficial dessa terça-feira (7). "A PM está autorizada a agir para evitar aglomerações. Primeiro, para advertir e orientar pela dispersão das pessoas. A primeira medida será orientativa", explicou.

"A segunda etapa será medida coercitiva, com penas previstas em lei, inclusive com prisão. Tenho certeza que isso não será necessário, pois as pessoas vão compreender a situação", frisou.

Queria flexibilização

Em Presidente Prudente, o prefeito Nelson Bugalho (PSDB) chegou a pedir a flexibilização da abertura do comércio ao vice-governador Rodrigo Garcia (DEM), na semana passada.

A medida anunciada por Doria afasta, de vez, qualquer possibilidade do pedido ser atendido.