Prefeitura alonga quitação de parcelas atrasadas pela Prudente Urbano

A ameaça de execução judicial ficou no passado. Diferentemente do que ocorre quando o consumidor atrasa parcelas de algum financiamento, a Prudente Urbano terá 19 meses para quitar quatro pagamentos pendentes relativos à outorga de permissão para a exploração do serviço de transporte coletivo em Presidente Prudente.

Desde outubro do ano passado, a empresa deixou de pagar as parcelas mensais de R$ 83 mil. No total, a pendência soma R$ 415 mil. No mês passado, a Prefeitura decidiu notificar a concessionária após questionamentos realizados pelo vereador Mauro Neves (PSDB).

Na ocasião, foi dado um prazo de 48 horas para o pagamento do valor em atraso. Contudo, a empresa descumpriu a ordem e entrou com pedido para empurrar a dívida para os próximos meses.

O contrato prevê a caducidade - anulação - em caso de descumprimento total ou de parte do acordo e edital de licitação. A demora em cobrar a conta pode gerar ainda improbidade administrativa.

Porém, a Prefeitura decidiu acatar o desejo da Prudente Urbano e dividir em várias parcelas a conta em atraso. "A Prefeitura, atendendo solicitação da empresa, decidiu por bem dividir as quatro parcelas atrasadas nas outras 19 restantes", diz, em nota.

"Ou seja, o montante será dividido entre as demais parcelas, isso com juros e correção previstas no contrato", promete a Prefeitura.

Terminais inoperantes

Presentes nos planos de Mobilidade Urbana e de Reestruturação do Transporte Público, os terminais urbanos espalhados pelos quatro cantos de Presidente Prudente têm como missão principal proporcionar a integração total do sistema.

Exigência para o aumento da tarifa, em janeiro, os terminais deveriam atender a população, progressivamente, desde o início de fevereiro.

Mas, o único em operação é o terminal da zona leste, o mais antigo, que serve apenas como um "ponto gigante" com cobertura. No local, banheiros seguem fechados e usuários não contam com informações sobre horários de linhas.

Nos últimos meses, os terminais da zona oeste e norte deveriam entrar em operação. Contudo, novos problemas estruturais atrasaram a ativação dos equipamentos, que seguem sem atender os usuários de ônibus.