Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Projeto ensina natação para quem tem sequelas neurológicas

Da Redação

Em 29/05/2019 às 18:39

Aulas de natação proporcionam condicionamento cardiovascular e qualidade de vida

(Foto: Gabriela Oliveira/Unoeste)

Em 2015, após sofrer um acidente de moto, William Farias Lopes foi diagnosticado com traumatismo craniano bilateral. Durante um mês e meio, fez sessões de fisioterapia ainda em coma. “Em quatro anos, conseguimos reabilitá-lo, inclusive, voltando a andar”, conta a docente responsável pela clínica, Dra. Renata Aparecida de Oliveira Lima.

Ela acrescenta que foi a história de superação de Lopes que lhe motivou buscar uma parceria entre a clínica de fisioterapia com o curso de Educação Física para a idealização do projeto “Atividades aquáticas para pacientes com sequelas neurológicas”, em Presidente Prudente.

Hoje, aos 35 anos, Lopes conta que participa do projeto desde o seu início em 2009. Acompanhado pela mãe, Maria de Aparecida Farias, Lopes pratica esporte e tem a chance de manter um convívio social, algo que foi reduzido após o acidente.

“Gosto muito daqui, pois tenho a oportunidade de me divertir”, diz. Para Maria, as vivências proporcionadas pelo projeto são muito importantes. “Ele melhorou a comunicação e os seus movimentos. Sinto que o meu filho está mais feliz”.

As aulas de natação ocorrem duas vezes por semana (segunda e quarta-feira) durante uma hora, na piscina da clínica, que está localizada no campus I da Unoeste.

Quem também participa do projeto é a Ivone Nunes Moraes da Silva, 54. Após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC), ela conta que passou pela reabilitação, durante um ano e, em 2010, iniciou a participação nas aulas de natação.

“Não sabia nadar e foi aqui que descobri as minhas capacidades. Fiz muitos amigos, sem falar no carinho que os acadêmicos têm com a gente. Tudo é maravilhoso”, pontua.

Pelo curso de Fisioterapia participam os acadêmicos do 7º ao 10º termos. “Eles atuam dentro e fora das piscinas, realizando a aferição da pressão arterial dos pacientes e monitorando o desempenho deles nas aulas. Já na água, também realizam sessões de alongamento”, fala Renata.

Para Yara Beatriz Santos Zanetti, essa experiência é muito positiva. “Além de enriquecer o meu currículo tenho a chance de ver a felicidade deles em se sentirem mais livres dentro da piscina e descobrirem o quanto são capazes”.

Em contrapartida, os alunos de Educação Física, sob a orientação do professor Alessandro Pierucci, ensinam os quatro tipos de nado: livre (crawl), de costas, peito e borboleta. “Essa prática esportiva melhora o condicionamento cardiovascular e a qualidade de vida dos pacientes”, conta o docente.

“Os alunos que se envolvem tem a oportunidade de visualizar o ensino de uma forma diferenciada, pois eles precisam montar estratégias para que essas pessoas, com suas limitações, aprendam a nadar”, reforça.

Felipe Ferreira cursa Educação Física e começou a participar do projeto neste semestre. “Aprendo diariamente com os pacientes que transformam a dificuldade deles em motivação. É muito gratificante ver o desenvolvimento dentro d’água e eu me esforço para oferecer o meu melhor”, conclui.

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