Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Secretário de Finanças tira férias e deixa exoneração na gaveta

Luchetti aponta corte de gastos para terminar 2020 sem abalos

Rogério Mative

Em 22/01/2020 às 11:04

Respeitado no setor econômico, Luchetti é visto nos bastidores como a peça mais importante do secretariado

(Foto: Arquivo/Rogério Mative)

Um dos principais nomes do alto escalão do governo municipal pode permanecer afastado da Prefeitura de Presidente Prudente por até três meses. De férias por 30 dias, o secretário municipal de Finanças José Nivaldo Luchetti já deixou seu pedido de exoneração pronto, caso seja necessário, enquanto resolve questões pessoais.

Respeitado no setor econômico, Luchetti é visto nos bastidores como a peça mais importante do secretariado formado pelo prefeito Nelson Bugalho (PSDB), principalmente após salvar a Prefeitura de um possível colapso no fechamento das contas de 2019.

O pedido de exoneração que deixou pronto antes de viajar foi necessário diante do tempo maior que poderá necessitar fora do país. Luchetti já tem férias a vencer novamente, porém, não tem direito à licença do cargo por ser comissionado.

"Estarei de férias até 15 de fevereiro. Mas, devo ficar provavelmente mais tempo. Pode ser que venha antes. Como é cargo em comissão, não tenho direito a licença. Até 15 de fevereiro, terá alguém me substituindo. Depois, no dia 17, peço mais tempo", explica, em entrevista ao Portal.

Apesar da possível exoneração, Luchetti afirma que pretende retornar ao cargo e ajudar Bugalho a "fechar o ano". "Caso fique mais tempo e ele seja obrigado a exonerar, deve nomear alguém interinamente e quando eu voltar de viagem posso retornar ao cargo se ele precisar para ajudar a fechar o ano. Tenho um compromisso com ele", diz.

Projeções para terminar o ano sem abalo

Para o último ano de mandato de Bugalho, o secretário de Finanças faz uma projeção e aponta quais as ações para terminar 2020 sem abalos financeiros. "Qual problema que vislumbro? Quando chegar abril e acabar o boom da arrecadação com impostos e ver o quanto vai ter de poupança até lá", frisa.

"[Para atingir os objetivos] Depende de um controle rígido de gastos, não só de pessoal. Tem muita despesa que pode ser evitada. É torcer para melhorar a arrecadação e terminar o ano sem grandes transtornos", complementa.

Segundo Luchetti, a Prefeitura sofreu para fechar as contas de 2019 devido a obrigação de quitar dívidas com precatórios, Requisições de Pequeno Valor (RPVs) e repasses à Prudenprev - responsável pelo gerenciamento dos benefícios previdenciários de servidores municipais. Boa parte herdada de gestões passadas. "Não tem caixa que aguente, não pode jogar tudo em cima do Bugalho", defende.

"Conseguimos quitar R$ 8 milhões com fornecedores no fim do ano, além de repasse acima do previsto para a Prudenprev devido a dívidas passadas que estamos tendo que pagar. Além de liberar o pagamento do abono e férias, já empenhamos para este ano mais de R$ 9 milhões", analisa Luchetti.

Outro fator que pode contribuir para o equilíbrio financeiro é o acordo de parcelamento da dívida com a Sabesp, acumulada desde o governo de Agripino de Oliveira Lima Filho. "Está encaminhado o acordo, vai aliviar", fala.

"Agora, é esperar melhorar a arrecadação, segurar gastos e cortar algumas coisas. Não pode terminar mandato com esses atrasos [pagamento de benefícios a servidores que foram suspensos em 2018]", finaliza.

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