Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Seduc e conselhos são contra retorno das aulas; escolas particulares divergem

ROGÉRIO MATIVE

Em 29/09/2020 às 16:39

Nesta quarta-feira (30), será entregue uma prévia do levantamento realizado com os pais de alunos da rede municipal

(Foto: Arquivo/Seduc)

Nesta terça-feira (29), a Prefeitura de Presidente Prudente publicou termo de contratação de uma empresa para a elaboração de protocolo de retorno do ensino presencial. A consultoria do Instituto Fabris Ferreira custará R$ 14 mil. Contudo, a Secretaria Municipal de Educação (Seduc) e conselhos municipais acreditam que não é o momento da volta dos alunos nas salas de aula.

"Na visão da Secretaria de Saúde, Prudente está em uma situação estável, mas aglomerações ainda são perigosas, ou seja, a pasta [Educação] não recomenda o retorno às aulas”, explica Sônia Pelegrini, secretária municipal de Educação.

No fim da tarde dessa segunda-feira (28), o assunto foi discutido durante reunião envolvendo representantes da Seduc, Secretaria de Saúde, sindicatos, conselhos municipais e de escolas particulares.

"Diante dos casos e mortes por covid-19 registrados nos últimos três meses e levando em consideração o número de alunos em Prudente, a maioria dos órgãos presentes se posicionou contrária ao retorno às aulas presenciais", explica.

Segundo ela, o posicionamento foi compartilhado pelo Conselho Municipal de Educação (Comed), Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Sintrapp), Sindicato dos Professores do Ensino Oficial Estado de São Paulo (Apeoesp), Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Sintee-PP), bem como diretores da rede municipal de ensino.

Apenas o representante das escolas particulares, Antônio Grosso, se mostrou favorável ao retorno das aulas presenciais.

O encontro contou ainda com a presença do promotor de Justiça e membro do Grupo de Atuação Especial de Educação, Marcos Akira, além do médico infectologista Alexandre Portelinha.

Em números

Atualmente, a cidade tem cerca de 45 mil alunos, sendo mais de 13,5 mil na rede estadual, mais de 12 mil na rede particular, além de cerca de 19,2 mil estudantes da rede municipal. “Temos que pensar bem, pois são muitas pessoas envolvidas”, pontua Sônia.

Segundo o secretário municipal de Saúde, Valmir da Silva Pinto, foram registrados 1.174 casos e 20 mortes provocados pelo coronavírus apenas em julho; em agosto, 1.409 confirmações e 44 mortes; e em setembro, até o momento, 1.069 registros e 36 falecimentos.

Nesta quarta-feira (30), será entregue uma prévia do levantamento realizado com os pais de alunos da rede municipal, bem como com os mais de 2,2 mil servidores que atuam nas unidades escolares, ao prefeito Nelson Bugalho (PSDB), responsável pela decisão de retomar ou não as aulas presenciais.

Comitê segue ativo

De acordo com Sônia Pelegrini, o Comitê Municipal de Retorno às Aulas seguirá na discussão permanente dos protocolos sanitários contra a covid-19. "Como dependemos da aquisição de equipamentos e insumos, temos de manter este trabalho, pois com ou sem vacina os protocolos de higienização terão continuidade. Por isso o comitê está instituído, para tomarmos providências antecipadas", conclui.

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