Da Redação
Em 25/11/2020 às 17:36
HC manteve 10 leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e outros 80 clínicos durante 90 dias
(Foto: Arquivo/AI)
O Hospital Regional do Câncer de Presidente Prudente (HRCPP) informou, nesta quarta-feira (25), que os atendimentos oncológicos serão prejudicados com o fim do convênio estadual. Para auxiliar na liberação de leitos no enfretamento do coronavírus, a unidade recebeu R$ 2,1 milhões por três meses.
Segundo o hospital, o repasse de R$ 6,3 milhões custeou 10 leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e outros 80 clínicos durante 90 dias. "Entretanto, a unidade não acolheu somente os casos oncológicos, mas também outras patologias de baixa e média complexidade dos hospitais de Presidente Prudente e região", diz a entidade.
Foram 480 transferências realizadas até o momento, o que gerou a contratação de 150 profissionais para absorver a demanda. "Com a elevação no número de atendimentos, houve também o crescimento da procura por atendimento oncológico na instituição. Contudo, a não renovação do convênio e a falta de credenciamento ao Sistema Único de Saúde [SUS] impossibilita o atendimento desta nova demanda", alerta.
Diante da falta de verba, a instituição busca o apoio de autoridades para que seja firmado um novo convênio com o Estado visando o repasse de R$ 2,5 milhões mensais para o atendimento de pacientes oncológicos de todo Departamento Regional de Saúde XI (DRS 11) – composto por 45 municípios e cerca de 800 mil habitantes.
"Vale lembrar que o HRCPP se trata de uma entidade filantrópica, que não visa lucros; e que os atendimentos são realizados em gratuidade, por isso é necessário o apoio do Estado para que exista recurso financeiro para custear o atendimento à população", pontua o hospital, em nota.
Com a manutenção do convênio, o hospital diz que poderá entrar em pleno funcionamento e exercer o propósito pelo qual foi criado. "Amenizar a rotina cansativa de pacientes oncológicos que buscavam tratamento em centros oncológicos a mais de 500km de distância e assegurar que esses pacientes tenham tratamento digno, humanizado e de qualidade, fortalecendo a esperança da cura".
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