Vereador questiona mudanças em PAs; secretário defende medidas

Nos próximos dias, as unidades de Pronto Atendimento (PA) do Jardim Santana e Cohab sofrerão alteração no atendimento prestado aos finais de semana. Já a Estratégia de Saúde da Família (ESF) do Jardim Humberto Salvador passará a funcionar em horário normal, diferentemente do que ocorre atualmente.

As medidas não agradaram o vereador Anderson Silva (PSB), que protocolou requerimento nesta quarta-feira (6). Do outro lado, o secretário municipal de Saúde, Valmir da Silva Pinto, garante que nenhuma unidade fechará as portas, porém, adequações precisam ser realizadas para manter o equilíbrio do serviço prestado na cidade.

Atualmente, os PAs do Santana e Cohabão funcionam de segunda a sexta-feira, das 19h às 7h, e aos finais de semana 24 horas. Já a ESF do Humberto Salvador fica aberta em horário estendido até às 22h.

Com as mudanças anunciadas a partir do dia 11 deste mês, as unidades do Jardim Santana e Cohab seguem com o mesmo horário durante a semana. Contudo, no sábado e domingo abrem apenas das 19h às 7h. Enquanto que a ESF do Humberto Salvador passa a fechar às 17h.

Cobra manutenção de acordo

De acordo com o vereador Anderson Silva, um acordo realizado no ano passado garante o atendimento das unidades sem alterações. "Se tais medidas realmente forem implantadas, desfaz-se todo compromisso assumido pelo chefe do Executivo [Nelson Bugalho, PTB] com acordo firmado com os vereadores e com as comunidades envolvidas de não alterar o atendimento hoje realizado por estas duas unidades", questiona.

No documento, o parlamentar pede detalhes das medidas que serão tomadas e as razões de possíveis cortes na Saúde. "No ano passado, colhemos mais de 5 mil assinaturas onde a população demonstrou ser contra a qualquer mudança de horário de atendimento permanecendo o atual quadro. É triste essa informação. É inaceitável isso, com saúde não se brinca e um minuto pode salvar uma vida. Não dá para economizar com saúde", diz.

"Entrei com esse requerimento de informações em caráter de urgência para que o plenário aprove e possamos discutir com o Executivo outras ações. Em momento algum, queremos que feche nem por um segundo essas unidades do Santana e Cohab. Se o Executivo quer economizar, que seja com corte de secretarias e comissionados e não com saúde ou educação", reforça Silva.

Defende medidas

O secretário de Saúde adianta que nenhuma unidade será fechada. Porém, alterações nos horários de atendimento precisam ser realizadas visando a manutenção dos serviços. "Os PAs são os antecessores das UPAs. Na verdade, Prudente, antes de ter as UPAs, se equipou com os PAs para fazer o atendimento de urgência e emergência. Mas, no decorrer do tempo, abrimos a UPA do Ana Jacinta e os PAs continuaram [funcionando 24 horas]. Abrimos a UPA da zona norte e os PAs continuaram. Então, hoje estamos mantendo os PAs, não estamos fechando eles", pontua.

"Ora, se de segunda a sexta os PAs funcionam das 19h às 7h e das 7h às 19h qualquer atendimento de urgência e emergência vai para a UPA, qual a diferença disso no sábado e no domingo? Se houver atendimento nestes dias, vai para as UPAs das 7h às 19h. No resto, continua normalmente", argumenta Valmir da Silva Pinto.

Para ele, não existe rompimento de acordo e a população não será prejudicada com as mudanças. "Então, não entendo que tem rompimento de acordo nenhum e não haverá qualquer tipo de prejuízo à população. Ressalto ainda que o atendimento quando é de urgência ou emergência, o encaminhamento para o HR [Hospital Regional] é feito apenas pelas UPAs", avisa.

"O PAs estão funcionando no fim de semana para atendimento de consulta e isso não é correto. E no momento que estamos atravessando, não podemos ter esse luxo", frisa o secretário.

Por último, ele também defende as mudanças que serão feitas na ESF do Humberto Salvador. "Já sobre a ESF do Humberto Salvador, desde 2011, funciona até às 22h. Mas, neste período, houve um aumento de cobertura de ESFs na zona norte [com implantação de unidades em vários bairros], além da abertura de uma UPA no Guanabara. Não se justifica mais esse estendido. É uma comodidade que tem um custo e no atual momento ele não pode ser suportado", finaliza.