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Patrimônio ambiental, mico-leão-preto tem população expressiva na região

Da Redação

Em 29/02/2020 às 14:24

Hoje, estima-se que a população de micos-leões-pretos seja de 1,5 mil indivíduos

(Foto: Arquivo/USP)

Por quase 70 anos, o mico-leão-preto foi considerado extinto, até ter sido avistado novamente, na década de 1970. Desde então, são muitos os esforços para preservar a espécie, ainda ameaçada de extinção. A mais importante, e desafiadora delas, é a formação de um corredor ecológico trinacional que sirva de “morada” para o primata.
 
Em 2014, por meio do Decreto Estadual nº 60.519, o mico-leão-preto foi instituído Patrimônio Ambiental do Estado de São Paulo e animal símbolo da conservação da fauna no Estado. Hoje, estima-se que a população de micos-leões-pretos seja de 1,5 mil indivíduos.

Parte expressiva ocorre no Oeste de São Paulo, especificamente na região do Pontal do Paranapanema, onde o adensamento florestal é considerado vital para a preservação de mamíferos ameaçados de extinção.

Décadas atrás, a região foi devastada pela extração indiscriminada de madeiras nobres como peroba, cabreúva, ipê, jatobá e angico. A recuperação deste local é fundamental, pois serve de refúgio para primatas, onças-pintadas, antas e queixadas, além de outras espécies de aves raras como gavião-real, chipantes, papinhos-amarelos, arapongas, macucos e cigarras-do-campo.

Estação

Criada em 2002 por meio de Decreto Federal, a Estação Ecológica Mico-Leão-Preto contribui com a formação do Corredor que abrange Brasil, Paraguai e Argentina. Em território nacional, essa rota verde parte da bacia do rio Aguapeí, em Marabá Paulista, e se estende até a bacia do rio Turvo, no Estado do Rio Grande do Sul.

Nas Áreas de Preservação Permanente (APPs) do Assentamento Santa Maria II, sob a gestão da Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp), em Marabá Paulista, é executado o plantio em uma área de 224 hectares de floresta.

Entre os anos de 2018 e 2019, mais de 80% da área mapeada no projeto recebeu mudas de espécies nativas como ipês, ingás e aroeiras, e outras que constam em lista de ameaça como cedros, jequitibás, perobas e copaíbas.

Ainda no primeiro semestre de 2020, está prevista a conclusão do plantio, que totalizará mais de 300 mil mudas. A iniciativa viabilizará a recuperação de 6% das áreas prioritárias de conectividade desta unidade de conservação, que em sua totalidade, possui 3.783,13 hectares.

Saiba mais

O mico-leão é gerado em 125 dias. Atinge a maturidade a partir dos 18 meses. Chega a pesar 600 gramas. Pode chegar até os 12 anos vida. Alimenta-se de frutos maduros e pequenos animais. Entre os grupos são comuns múltiplas fêmeas, mas somente uma reproduz.

Estudos sobre a espécie, que tem seu registro há mais de 200 anos, envolvem órgãos internacionais e parceiros nacionais. A partir de 2003, os olhares de ambientalistas foram reforçados para a preservação do mico-leão-preto, principalmente no Estado de São Paulo.

Foi pela identificação de novas populações que houve a ampliação de iniciativas para a conservação de corredores ecológicos, com foco em dar continuidade às ações de reversão da condição de espécie ameaçada de extinção.

O Plano de Manejo de Metapopulação prevê que todas as populações do primata sejam remanejadas para a estação ecológica, onde serão monitoradas com foco no aumento das chances de sobrevivência da espécie.

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