Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Câmara-PP acusa governador de tratamento 'desigual' com região

ROGÉRIO MATIVE

Em 11/02/2020 às 15:54

Segundo o Legislativo, a região de Prudente não foi contemplada com investimentos sólidos

(Foto: M2 Comunicação)

Liberação de R$ 216 milhões para um complexo hospitalar de Santos; R$ 66 milhões para o turismo na Baixada Santista; e R$ 2 bilhões em investimentos no Vale do Ribeira nos próximos anos. Na contramão das cifras vultosas, a região de Presidente Prudente segue dependendo de pequenos repasses ao longo dos anos, mantendo-se como a segunda mais pobre do Estado de São Paulo.

Diante desse cenário, a Câmara Municipal de Presidente Prudente encaminhou um requerimento cobrando do governador João Doria tratamento isonômico com as cidades da região. "Não se pode tratar iguais de forma desigual", diz o texto assinado por todos os vereadores.

"A 10ª Região Administrativa é a segunda mais pobre do Estado de São Paulo e o Vale do Ribeira a primeira colocada nesse infeliz ranking do atraso e da falta de desenvolvimento por parte do Estado e Federação", pontua o Legislativo.

O requerimento aprovado nesta semana tem como base o lançamento do programa de desenvolvimento 'Vale do Futuro', que tem como objetivo a geração de emprego, renda e qualidade de vida nas cidades do Vale do Ribeira. Integrada por 22 municípios, a região receberá R$ 2 bilhões para investimentos em diversas áreas, sendo metade do valor custeado pelo Estado.
 
"Este requerimento não tem por objetivo provocar qualquer prejuízo à região do Vale do Ribeira, mas sim buscar junto ao Governo do Estado tratamento isonômico para com as cidades da região de Presidente Prudente", frisa.

Atualmente, a 10ª Região Administrativa do Estado de São Paulo possui três microrregiões: de Adamantina, Dracena e Presidente Prudente, com 53 municípios e população estimada de 902 mil habitantes. O Produto Interno Bruto (PIB) gira em torno de R$ 16,5 milhões, com participação de 1,18% no PIB estadual.

Segundo o Legislativo, a região de Prudente não foi contemplada com investimentos sólidos "que permitam seu pleno desenvolvimento econômico, social, habitacional, de turismo, assistência social, infraestrutura, meio ambiente, entre outros setores".

"O Estado não pode tratar iguais de forma desigual em termos de investimentos, deixando a região de Prudente ser a primeira mais pobre do Estado, já que a decisão de Governo foi investir apenas no Vale do Ribeira", pontua.

Fadada ao esquecimento

A Câmara de Prudente cobra investimentos iguais aos anunciados para o “Vale do Futuro” ou que o Estado crie um Fundo Especial de Desenvolvimento da 10ª Região Administrativa. A ideia é o repasse de 1% da arrecadação do ICMS para fomento de projetos de desenvolvimento nas cidades do Oeste Paulista.

"O apreço que a região de Presidente Prudente nutre pelo governador do Estado de São Paulo, João Doria, não poderá ficar sem receber do Poder Estadual tratamento diferenciado, deixando nossa região fadada ao esquecimento e permanecendo como, certamente ficará adiante, a mais pobre do Estado de São Paulo", finaliza.

Todos cientes

O documento aprovado em plenário será encaminhado para todas as Câmaras Municipais e prefeituras dos 53 municípios que integram a 10ª Região Administrativa, além da União das Entidades de Presidente Prudente (Uepp), Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico (Codepp), Governo do Estado e Secretaria Estadual de Desenvolvimento Regional.

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