Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Moradores do Timburi querem estudos sobre impacto ambiental

Representantes alertam que “algumas pessoas” estão “fazendo política” com assunto

Da Redação

Em 14/02/2017 às 14:37

Moradores pedem apoio para que a comunidade seja ouvida e que o próprio município realize seus estudos

(Foto: Maycon Morano/AI)

Diante do convite do Conselho Estadual de Meio Ambiente para uma audiência pública sobre “Obras de Implantação do Centro de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – CGR Presidente Prudente”, os vereadores da Câmara Municipal receberam, nessa segunda-feira (13), uma comissão de moradores do bairro do Timburi, local no qual existe a possibilidade de implantação de um aterro sanitário.

Os moradores pedem apoio para que a comunidade seja ouvida e que o próprio município realize seus estudos de impacto ambiental e de vizinhança, além de considerar o patrimônio histórico do local. "Viemos pedir que a Câmara contribua no detalhamento desta legislação ambiental, na preservação do meio ambiente do nosso município", fala o professor de Geografia da Unesp, Raul Guimarães, um dos membros da comissão que foi formada ainda por Claudio Marques, Inemo Ederli e Fernando Moreira.

O professor destacou na reunião que “algumas pessoas” estão utilizando o nome do grupo e falando em nome deles sem autorização. “Em nenhum momento nós autorizamos estas pessoas a falar em nosso nome. Somente nós temos este direito. Estão fazendo política com uma causa muito séria”, defendeu.

No encontro, os vereadores destacaram quais atitudes que já estão em trâmite, além de projetos e requerimentos aprovados em anos anteriores. Na última semana, por exemplo, foi protocolado um projeto de lei de autoria de Demerson Dias (PSB), que proíbe a criação de novo lixão a céu aberto e aterro sanitário inadequado em Presidente Prudente. O texto foi lido nessa segunda-feira e encaminhado para as Comissões Permanentes.

Também está em elaboração uma proposta pelo parlamentar William Leite (PPS), que busca obrigar a realização de Estudos de Impacto de Vizinhança (EIV) para empreendimentos deste porte na cidade.

Preocupação com rios

Um dos moradores afirmou que todos sabem da necessidade da implantação de um aterro sanitário no município e que a zona norte é o provável local por questão de espaço. O questionamento, entretanto, é o local e como foi escolhido. “Decidiram pelo bairro mais populoso da zona rural, sem consultar moradores, conversar com a comunidade, nem a apresentação dos possíveis impactos ambientais”, ressaltou Inemo.

Já o professor Raul Guimarães corroborou com outros problemas para esta possível implantação de um aterro sanitário no bairro do Timburi. “Querem instalar um empreendimento deste em um local onde tem as principais nascentes que abastecem a água que a gente bebe, para começar. Segundo, que vão fazer um empreendimento de grande porte, onde se concentra a maior parte da população rural de Presidente Prudente, mais de 50%, e sem essa população ter sido ouvida”, lamentou.

De acordo com ele, além da questão de recursos hídricos do município, já que no bairro nasce o Córrego da Onça, que deságua no Rio Mandaguari, que é afluente do Rio do Peixe – este último responsável pela maior parte do abastecimento de Presidente Prudente, existe a questão histórica.

“São mais de quatro gerações de famílias que moram no local. A história do Timburi se confunde com a de Presidente Prudente, ambos com 100 anos”, alertou.
 

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