Servidores municipais cruzarão os braços na próxima quarta

Na primeira medida de maior impacto tomada nos últimos três anos, o Sindicato dos Servidores Municipais de Presidente Prudente e Região (Sintrapp) decidiu, em assembleia, pela paralisação da categoria na próxima quarta-feira (4).

A decisão foi tomada na noite dessa quinta-feira (29), em reunião na sede do sindicato. Na ocasião, foram debatidos assuntos como o corte do abono aniversário aos servidores e o congelamento do pagamento de licença prêmio e férias.

"Tal deliberação foi feita considerando o iminente corte no pagamento do abono aniversário, indicado pela Ação Direta de Inconstitucionalidade [Adin]. Com a decisão judicial que declarou o abono inconstitucional e obriga a Prefeitura a fazer o corte do direito, tanto pecuniário, quanto do dia de folga, o funcionalismo de Prudente se organiza para mais uma luta", avisa a presidente do sindicato, Luciana Telles.

A assembleia ocorreu após o fim do prazo dado pelo Sintrapp ao prefeito Nelson Bugalho (PTB), que prometeu aos servidores apresentar proposta visando minimizar o impacto com o fim do pagamento do abono aniversário imposto pela Justiça.

“Não podemos nos esquecer de que a Prefeitura ainda nos deve o pagamento de férias e de licença prêmio", comenta a servidora Gislaine Aredes. Em maio deste ano, Bugalho decidiu atender a uma reivindicação do Sintrapp e pagar parte do abono pecuniário - venda de 10 dias de férias - aos servidores municipais. Porém, a medida ficou restrita apenas para benefícios referentes ao ano passado.

A quitação da licença prêmio segue suspensa por meio de decreto, alvo de reclamações constantes do Sintrapp.

Na rampa

Além da paralisação de toda a categoria, o Sintrapp promete realizar a ocupação da rampa do Paço Municipal a partir das 9h de quarta-feira. O sindicato aguarda agendamento de reunião com o Executivo para o mesmo dia.

"O momento é de união. A participação de todas e todos é muito importante para fortalecer a luta e resolvermos tal questão. Não aceitaremos perda de direitos conquistados. Estaremos em luta", finaliza Luciana Telles.